terça-feira, 3 de novembro de 2009

Como tudo na vida tem, pelo menos, dois lados ...

Uma relação de gols incrivelmente perdidos ...

Gols para entrar para história ...

Existe momento mais absurdamente feliz do que um GOLLL ... Então segue um vídeo com alguns dos gols mais bonitos da História do Futebol ...

sábado, 31 de outubro de 2009

A responsabilidade é de quem? Por que precisamos acelerar tanto nas ruas e estradas?

Vejam o vídeo abaixo. É uma palestra teatral com o ator Douglas Moreira e tirem suas próprias conclusões:

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O melhor final para Caverna do Dragão


Quem tem mais de 25 anos com certeza se lembra do desenho animado "Caverna do Dragão". 

O desenho, baseado em um jogo de RPG chamado "Dungeons & Dragons" contava a saga de jovens e adolescentes que haviam ido parar em um mundo mágico e perigoso, repleto de criaturas mitológicas  e monstros, mas que haviam sido "adotados" como pupilos de um mago misterioso, o "mestre dos magos", que havia lhe entregado armas e personagens (arqueiro, cavaleiro, bárbaro, mago etc ...), afinal era um Rolling Player Game ...

Só que no Brasil quase ninguém sabia o que era RPG na época (depois piorou um pouco, pois muita gente passou a associar RPG a magia negra, rituais satânicos, etc ... E até recentemente um julgamento de um assassinato envolvia um suposto ritual de RPG). 

As tarefas iam se multiplicando e se revezando, enquanto o objetivo parecia sempre tão perto e tão distante: O sonhado retorno para casa, representada pela visão deslumbrante do parque de diversões, sempre iluminado e envolto em um céu azul, com o carrossel e a roda-gigante girando ... 

Uma metáfora quase perfeita da felicidade utópica, que tanto perseguimos e não percebemos o quanto é maravilhoso o caminho, a trajetória que fazemos ... Não percebemos que é no caminho que mora a felicidade.

A história é simplesmente fantástica. As metáforas, a simbologia, a personificação do mal (O Vingador ), a dubiedade do "Mestre dos Magos" ... Os papéis se revezando entre o nobre (arqueiro) e o covarde (cavaleiro) ... As estórias mitológicas humanas, vistas sobre outros prismas (Caixa de Pandora ... Mérlim ... ) ... Versões não faltaram: "Eles morreram e aquilo lá era o inferno ...", dizem uns ... "O Tiamat (o grande dragão de sete cabeças, mais apocalipitico impossível) na verdade era um anjo, que nunca atacava eles e lutava contra o Vingador (O mal estereotipado)", dizem outros ... Enfim.

Mas a estória ficou sem um fim ... E isso só contribuiu para colocar Dungeons & Dragons na história da cultura popular dos anos 80 ... Nunca será esquecido, principalmente, por quem como eu se "frustrava" a cada episódio com as esperanças dos meninos e meninas desfeitas, tão perto de chegar em casa ... 

Hoje em dia, eu (e quase todos os que assistiram a esta maravilha) compreendo a lição ... Revendo os episódios no YouTube, pude sentir o gostinho de poder voltar no tempo, de entender o processo, o aprendizado ... a revolta, o desespero dos personagens ...

Talvez por tudo isso ... Quando me deparei com uma animação simples, mas muito engraçada feita por um Brasileiro sobre a série, mostrando um final para mesma, eu tenha ficado tão feliz ... Ao mesmo tempo que me matei de rir, de tão engraçado que ficou (claro, só para quem realmente assistiu ao desenho e trás na memória toda a dinâmica dos personagens) ...

Divirtam-se com este maravilhoso momento no vídeo abaixo ...









Be Happy ... Always!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A última que morre ...

Não ... Não é sobre a sogra que vou escrever ... Estou falando deste sentimento simples que nos faz seguir adiante. Já percebeu que mesmo que não sejamos exatamente esperançosos, o simples fato de continuar tentando é a demonstração da esperança que temos nas coisas?

Já perdi as contas das inúmeras vezes que parei de fazer uma determinada coisa ou adiei (ou pior procrastinei mesmo) um projeto importante, uma tarefa, coisas realmente importantes, por desânimo, por preguiça, por achar que não valia à pena. Mas mesmo neste casos, uma hora ou outra retomei aquela coisa. E o que dizer das pessoas que não têm perspectivas, não vislumbram melhores horizontes, não têm aquela sensação (mesmo ilusória, na maioria das vezes) da grande virada um dia, que vai "se dar bem" ou que vai ser mais feliz, depois dos "estudos", quando se formar, ou daqui há alguns anos ... depois de muito trabalho ... depois do casamento, etc ... o que faz essas pessoas seguirem em frente?

A esperança em dias melhores, em melhores condições de vida, em ser mais feliz, em conseguir se curar de uma doença, etc ... sempre foi um dos motores mais explorados da sociedade. A publicidade explora isso, as religiões exploram isso, os governos exploram isso ... As pessoas precisam disso. Quantos imigrantes cruzaram oceanos por este motivo?

Mas ... esta esperança toda se concretiza? Na maioria das vezes não. Ao menos não naquilo em que foi idealizada. O que acontece é que, na maioria das vezes, ou temos que nos consolar com menos do que esperávamos, ou temos de aceitar a perda, a derrota, mesmo mantendo a esperança de melhores dias.


Afinal, o que resta à pessoa sem esperança? Em nome deste sentimento e da necessidade de poder continuar mantendo esta esperança, a maioria prefere se iludir, se enganar, porque a realidade não é digna de ser vivenciada e encarada por ninguém.

Isto explica o Brasil por exemplo. Temos um dos piores IDH do mundo. Temos uma das maiores cargas tributárias do mundo (Os Romanos e seus cobradores de impostos são fichinhas perto do que temos que pagar no Brasil ... Robin Hood nenhum resolveria isso aqui). As taxas de juros no Brasil são absurdas, o analfabestismo (principalmente o funcional, ou seja, pessoas que não se consideram analfabetas mas não consegue nem ler embalagem de biscoito e interpretar minimamente o que está escrito) é assustador, a bagagem cultural da população é praticamente nula. Mas, alguém duvida da felicidade do Brasileiro, da carga de esperança que o Brasileiro carrega, da disposição de encarara financiamentos a longo prazo a uma taxa de juros absurda, para comprar uma TV LCD de 52 polegadas e ver os absurdos da nossa programação de TV aberta, ou comprar um carro 1.0 pelado, do tipo "bateu-morreu" em 72 vezes ... Mas, com isso realizar os seus sonhos de consumo ...

Afinal ... "O Brasil é o país do futuro" e quem é "Brasileiro não desiste nunca". Mas a quem interessa esta cultura do "tá ruim mas tá bom"? Por que será que o Brasileiro não pode perder a esperança? Será que é por que um povo sem esperança e desiludido é mais propenso a se revoltar? Será que o controle das massas com a falsa sensação de felicidade coletiva não é a maneira encontrada (e convenhamos tem sido muito eficiente) de controlar, manipular e satisfazer o povão, as massas (que passam nos projetos do futuro)?

"Admirável gado novo" este nosso povo.

sábado, 23 de maio de 2009

Por que o episódio de Susan Boyle foi simplesmente perfeito?

Eu estive pensando em escrever sobre o caso de Susan Boyle, na ocasião do episódio aqui no Blog. Mas o Blog estava bem parado e eu não queria, sinceramente, voltar a escrever somente por um fato que renderia (como rendeu) muito assunto na própria mídia. Não é, e nem nunca foi, objetivo meu ao escrever aqui, fazer cobertura de imprensa e nem ficar seguindo os "hypes" da internet, muito menos no estilo "Revista Contigo" e similares. Até mesmo por que, de todos os lugares em que eu pude ver ou ler sobre o assunto a cobertura definitiva coube ao Alexandre Inagaki do Pensar enlouqueçe que simplesmente fez o post definitivo sobre o assunto.

Entretanto, passados mais de 30 dias senti que talvez este episódio de cinderela televisiva tenha tido algo mais do que o tradicional que vemos na mídia ... Em tempos de sucessos fabricados, de cantores, duplas, quartetos e bandas, absolutamente comerciais, moldados pela indústria de entretenimento (depois reclamam da pirataria), a quebra de paradigma que Susan Boyle nos impôs, talvez tenha sido de um necessidade quase física.

O preconceito é a tônica atual de nossa sociedade. Não o lado que todo mundo pensa a respeito do preconceito mas, da própria raiz etimológica da palavra, "pré-conceito". Os tempos atuais são os do que "você é aquilo que sua aparência diz que é" ... Tempos onde "a primeira impressão é que fica". Afinal, este é um excelente argumento comercial, capaz de vender roupas, cosméticos, perfumes, jóias, carros, etc ... Tudo em nome da aparência, do status, da imagem que é feita de você (ou que você faz dos outros, o que é mais triste ainda) ...

Somos a sociedade da superficialidade, premiamos a mediocridade, desde que ela nos pareça bela, que se encaixe nos referidos padrões de beleza, de admiração, de cobiça ou de inveja alheia. Novos famosos se fazem da noite para o dia, pessoas são idolatradas, imitadas, sem que tenham pensado, dito, escrito, feito nada de realmente relevante para a sociedade ou na própria sociedade. Elas não são, apenas parecem ser ... e para muitos, para a maioria, já é o bastante.

Portanto, resolvi escrever sobre Susan Boyle, mesmo mais de um mês após o hype, após a notícia de primeira mão. Por que? Por que ela é o oposto de tudo isto que escrevi acima, Susan Boyle é a essência, a originalidade, involuntária, natural ... A beleza de verdade, singela, perfeita, naquilo em que ela se propôs a fazer, sem decotes (nem seriam apropriados, convenhamos), sem trejeitos ensaiados, coreografados (coisa mais sem sentido essa tal de coreografia) ... Apenas a voz, a majestade do único instrumento necessário para se impôr entre os medíocres (no sentido de medianos, ou seja, a imensa maioria de nós, mortais) ... A própria música que ela escolheu para cantar, nos fazia enxergar ela mesma como personagem da canção, ela estava em seu sonho, mostrando-nos a beleza e a grandeza deste sonho.

Susan Boyle nos mostrou, a todos, o que é ser humano ... Perfeito e falho ao mesmo tempo e é isso que nos torna incrivelmente belos, cada um de nós ...


Be happy ... Always!

Como medir o tamanho do amor de um Pai por seu filho?

Não!!! Este não é um post religioso ... O Pai esta em maiúsculo por que eu não aceito outra forma de escrever esta palavra que não seja assim. O Pai deste post não é Deus, mas sim cada Pai, de cada filho ...

Nós que somos Pais, não sabemos responder à pergunta do título deste meu post. Ninguém sabe. Todos os dias, lutamos, batalhamos, trabalhamos, cada minuto, cada hora do dia, pensando única e exclusivamente nos nossos filhos, depois que os seguramos nos braços pela primeira vez. Meu filho é o objetivo maior da minha vida, por ele faço qualquer coisa, daria minha vida pela dele e faria isso com a maior felicidade do mundo, não seria um sacrifício.

Por isso, a história que vocês verão abaixo não me surpreende, mas me emociona e muito, acredito que a vocês também ...

http://www.youtube-nocookie.com/v/wtvSuJrEGgk&hl=pt-br&fs=1&color1=0x234900&color2=0x4e9e00


Pais, vivam cada minuto com seus filhos ... Be happy, always ...

Respeito. O que nos faz ser diferentes?

O que define aquilo que somos? O que define quem é (e quem não é) digno de ser respeitado? Por que nossa sociedade insiste em definir padrões para as pessoas? Padrões de beleza, padrões de riqueza, padrões de cor, padrões de raça, padrões de inteligência, como se nós humanos fôssemos coisas, objetos, testes a serem padronizados, checados, apurados, dia após dia ...

Um vídeo que foi um tapa na cara da sociedade dos anos 90, e que com certeza deve ter ficado na mente de muita gente, me fez relembrar hoje o motivo pelo qual criei este Blog ... Independente do que meus leitores (se é que eles existem) pensem sobre o tema, recomendo ver o vídeo abaixo, no mínimo valerá pelos olhos lacrimejados, se não pelo impacto do vídeo (que já não é novidade para a maioria das pessoas, claro), mas pelas recordações que o próprio vídeo pode trazer ...

http://www.youtube-nocookie.com/v/hmdmfWQW4ig&hl=pt-br&fs=1


Meu abraço e meu respeito a todos os portadores da Síndrome de Down e seus familiares ...

Ser DIFERENTE é ser NORMAL ... Be happy ... Always.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Everybody lies ... (Todo mundo mente ...)


HOUSE, M.D.

É uma série muito diferente do tradicionalmente observado no cenário do show televisivo.
Gregory House é um médico infectologista e nefrologista, especializado em diagnóstico investigativo (o que é diferente de pesquisador, teremos um "post" sobre isto em breve ... ou não), mas sua maior característica talvez seja o total desprezo pelo pré-estabelecido, protocolos, opiniões alheias e principalmente por crenças e versões dos próprios pacientes.

O ceticismo é uma vertente predominante em suas abordagens e claro, isto faz com que ele não seja muito bem quisto. Aliado a isto, ele desenvolveu uma arrogância própria dos que enxergam muito além do óbvio. É viciado em analgésicos devido a uma lesão na perna que foi demonstrada em temporadas passadas e que lhe custou a esposa ...
Gregory House baseia toda sua abordagem diagnóstica em epidemiologia, infectologia e diagnose do perfil psicológico do paciente. Nunca acredita no que o paciente diz, pelo simples motivo de uma constatação óbvia a que todos nós podemos chegar: Todo muito mente ... o tempo todo.

Como ele trata na maioria das vezes de doenças infecciosas ou genéticas, os fatores sexuais, familiares ou de natureza epidemiológica digamos assim, constrangedora, influenciam até mesmo a "verdade" absoluta da relação "Médico x Paciente" tão propagada como sagrada na medicina ... mas que na verdade não é.

Gregory House sequer conversa com os pacientes na maioria dos casos (ao menos no início da abordagem dos casos, pois segundo ele são os sintomas e exames que têm que falar e não o paciente) ...

Claro, a série não é destas inocentes e irreais a ponto de acertar o diagnóstico em inferências especulativas como vemos em "E.R." (conhecida no Brasil por "Plantão Médico) ou em qualquer Pronto-Socorro perto da sua casa ...
A descoberta do diagnóstico só vem com muito custo e muitos erros (desconstrução dos conceitos pré-estabelecidos, um dos elementos básicos do método socrático, muito utilizado por Gregory House), sem contar que quando os pacientes chegam até House já estão, como diriam alguns ... desenganados (nunca entendi esta expressão ... afinal estão enganados ou não estão enganados? Melhor deixar pra lá ...), o que adiciona o caráter de emergência aos casos (vida ou morte em razão de uma tomada de decisão errada).

O que então tem House (a série) de especial?
Primeiro: Não é "politicamente correta" (só isso já a faz merecer o "Emmy").
Segundo: Explora relacionamentos humanos como quase nenhuma outra coisa (livro, filme, série, novela, sei lá ...) que eu tenha visto ou ouvido falar nos últimos tempos ...
Terceiro: É contundente com os erros e necessidades humanas ...
Quarto: A abordagem da análise utilizando o método socrático.

Gregory House é um anti-herói ... Chega aos bons resultados ... mas, nem sempre às boas notícias ... Mostra a imperfeição ... Coloca o dedo na ferida ... E no fim, mostra mais os seus próprios defeitos do que os de quem tenta mostrar ...

No fim ... É um Sherlock Homes do diagnóstico médico ... Embora nem um, nem outro, façam seus trabalhos pensando em prol do interessado no caso, mas sim em satisfazer seus próprios egos .. suas próprias curiosidades ... E quem disse que a vida não é assim?
Ceticismo é a palavra chave ... Afinal, se tirarmos as ilusões e as pequenas, contínuas e leves mentiras sobre as quais se constrõem a natureza humana, seu arquétipo de sociedade, suas crenças, pilares e estruturas sociais, igualmente ilusórias ... o que resta? Muito pouca coisa ...

E essa é a vida que resta ao iluminado, cético e "desenganado" (ao menos no meu conceito de enganação) do pobre Gregory House ...

Talvez por isso todos temos necessidade de mentir em conjunto, enquanto sociedade, numa alienação feliz e entorpecente ... Na nuvem de torpor que chamamos de felicidade ...

É ... talvez tudo isso explique por que "Everybody lies" ...

Por esta e outras ... HOUSE, M.D. vale cada segundo dispensado em assistí-la ... Bom divertimento ...

Be happy ... always!!!